segunda-feira, 15 de agosto de 2011

SÃO PAULO JOGA MAL E PERDE CHANCE DE ASSUMIR LIDERANÇA

SÃO PAULO 2X2 ATLÉTICO-PR


Mais uma vez o São Paulo atuou mal e não conseguiu vencer em casa.

Mas o empate foi justo. Tecnicamente as duas equipes deixaram muito a desejar.

E ninguém saiu satisfeito do Morumbi.

Adilson mandou o tricolor a campo no 4-4-2, com Zé Vitor improvisado na zaga (comprometeu por falta de entrosamento) e Ilsinho e Cícero como meias avançados, responsáveis pela criação, nos lugares de Carlinhos Paraíba (suspenso) e Rivaldo (poupado).

Um time teoricamente mais ofensivo, mas não teve sucesso.

Renato Gaúcho armou o furacão para jogar nos contra-golpes, também no 4-4-2, mas com três volantes e apenas um meia (Marcinho), com o meia Madson mais avançado, jogando no ataque, ao lado de Morro Garcia.

O time paranaense marcou forte e impediu a criação tricolor. Mas pouco fez ofensivamente.

As duas equipes erraram muitos passes e o primeiro tempo foi fraco, com poucas chances de gol.

A primeira foi do tricolor: aos 7 Lucas chutou para fora.

Aos 11 o Atlético respondeu com Marcinho.

Numa gritante falha de marcação após falta batida por Marcinho o Atlético fez o primeiro, numa cabeçada de Fransérgio aos 20 minutos.

O São Paulo tinha muita dificuldade em trocar passes no campo de ataque, em virtude da boa marcação atleticana e da incompetência dos meias, alas e atacantes tricolores.

A criação inexistia: Cícero e Ilsinho estavam apagados e Dagoberto também pouco aparecia. Só Lucas tentava alguma jogada.

Piris não apoiava e Denílson e Welington também se resumiam a apenas marcar, sem aparecer na frente.

Juan tentava atacar mas não tinha a colaboração de Cícero pelo lado esquerdo, bem marcado pelo volante Deivid.

Apesar da fraca atuação, aos 24 o tricolor igualou o marcador num lindo chute de Ilsinho de fora da área. Após driblar o marcador acertou uma bomba, indefensável, um golaço!

Aos 40 Cícero chutou e Ilsinho quase virou o marcador.

Aos 45 foi a vez do furacão perder um gol feito, com o uruguaio Morro Garcia.

Nem parecia que o São Paulo jogava em casa. O Atlético estava mais a vontade, jogando nos contra-golpes.

Após o intervalo Lucas passou a se movimentar mais e o tricolor melhorou, mas perdeu um de seus melhores jogadores, Denílson, machucado, que deu lugar a Jean aos 10.

Aos 20 Renato acertou na mudança. Tirou o apagado Morro e colocou outro centroavante, Edgar, que entrou bem no jogo.

Já Adilson demorou demais para mexer e mexeu errado. Tirou Ilsinho para entrada do veterano Rivaldo aos 21. Eu teria sacado Cícero, que estava bem pior que ele.

O Atlético marcava forte, com eficiência no meio, mas criava muito pouco.

Continuou errando muitos passes, mas quando conseguiu encaixar um contra-golpe rápido Edgar desempatou o jogo aos 33, numa falha ridícula da dupla de zaga tricolor.

Para reforçar a marcação no meio e garantir a vitória Renato trocou Robston por Wendel.

Adilson foi ousado e trocou Jean pelo ponta-esquerda Fernandinho, que entrou muito bem no jogo.

O ponta criou várias jogadas de linha de fundo e deu muito trabalho à defesa adversária.

Aos 45 em cruzamento de Cícero Rivaldo empatou.

O jogo foi bem equilibrado mas muito ruim, com resultado justo.

Escalações:


São Paulo – Rogério Ceni; Piris, João Filipe, Zé Vitor e Juan; Denilson, Wellington, Ilsinho e Cícero; Lucas e Dagoberto.

Atlético – PR – Renan Rocha; Edílson, Fabrício, Manoel e Paulinho; Deivid, Robston, Fransérgio e Marcinho; Madson e Morro Garcia.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

EM CLÁSSICO SEM EMOÇÕES CORINTHIANS RETOMA LIDERANÇA


SANTOS 0X0 CORINTHIANS

Num dos piores clássicos que já vi, Santos e Corinthians não saíram do zero na Vila Belmiro. O jogo deu sono.

O justo empate devolveu a liderança ao Corinthians.

Os dois treinadores utilizaram a mesma armação tática.

Tite escalou sua equipe no 4-4-2, com dois volantes de marcação - Moradei no lugar de Ralf e Paulinho - e dois meias canhotos responsáveis pela criação, Alex pela direita e Danilo pela esquerda. Jorge Henrique fez muita falta.

Alex pouco fez e Danilo foi bem na marcação do lateral Pará e fechou também o meio, mas nada fez ofensivamente.

No ataque Willian buscou o jogo, movimentou-se bastante, caiu pelos flancos.

E Emerson Sheik jogou mais centralizado, muitas vezes tentando fazer o pivô. Mas jogou pouco. Liédson está fazendo muita falta.

Apesar dos rumores de que escalaria três zagueiros, Muricy optou também pelo 4-4-2, com dois volantes de contenção – Henrique e Arouca - e dois meias que pouco criaram – Ibson e Elano.

No ataque Diogo mais aberto e Borges centralizado, na área.

Os alas santistas Pará e Léo estavam mal no apoio e Arouca tentou sair pro jogo, mas não teve auxílio de Ibson e Elano, em noite pouco inspirada. Henrique jogou mais recuado.

O jogo foi muito equilibrado, de muita marcação e as defesas sobressaíram.

O destaque ficou para Arouca, eficiente na marcação e produtivo nos passes e infiltrações.

No Corinthians o destaque ficou para a eficiente dupla de zaga, Chicão e Castán.

Em virtude da contusão de Fábio Santos, Tite colocou Welder improvisado pela esquerda logo aos 13, e ele deu conta do recado.

Alessandro sem ritmo de jogo ficou mais recuado.

O meio-campo corintiano marcava forte e saía rápido, mas encontrava dificuldade de penetrar na área em virtude da deficiência no último passe.

Alex e Danilo jogaram bem menos do que podem.

O Santos levantava a bola para área – bem ao estilo Muricy - mas esbarrava nas boas saídas de gol do novato Danilo Fernandes, muito seguro.

Diogo não jogou nada (aliás nunca o vi jogar bem no Santos) e a equipe praiana dependeu muito das bolas paradas de Elano.

Com poucas chances de gol, o Corinthians foi ligeiramente superior no primeiro tempo.

Após o intervalo o panorama mudou: o Santos melhorou, teve mais posse de bola e criou duas boas chances.

Aos 5 Elano chutou, Danilo defendeu e Diogo quase conferiu.

Aos 22 Borges perdeu um gol feito, arrematando cruzado pra fora.

Aos 24 Tite errou e trocou Willian, o melhor atacante corintiano, por Elias, que foi pra cima de Léo sem levar vantagem.

Aos 30 e 35 Elano contundido e Diogo saíram para as entradas do volante Adriano e do atacante recém-contratado Alan Kardec.

As alterações de Muricy não surtiram efeito e as defesas continuaram dando banho nos ataques.

O Corinthians esteve bem sólido na marcação, mas péssimo na criação.

Não conseguiu encaixar sequer um contra-golpe.

No final o justo empate acabou contentando ambas equipes, principalmente a corintiana, que recuperou a liderança do brasileiro.

Formações:

Santos: Rafael; Pará, Edu Dracena, Durval e Léo; Henrique, Arouca, Ibson e Elano; Diogo e Borges.

Corinthians: Danilo Fernandes; Alessandro, Chicão, Castán e Fábio Santos; Moradei, Paulinho, Danilo e Alex; Willian e Emerson.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

CÍCERO MARCA DOIS E TRICOLOR VIRA PRA CIMA DO AVAÍ

Avaí 1×2 São Paulo


O primeiro tempo foi muito ruim, sonolento, mas o jogo melhorou muito no segundo, quando brilhou a estrela de Cícero, autor dos dois gols da virada tricolor em plena Ressacada.

Gallo escalou o Avaí no 3-5-2, confiando nas subidas dos alas Arlan e Romano, com Pedro Ken responsável pela criação.

Adilson Batista colocou Jean no lugar do suspenso Piris, poupou Rivaldo, colocando Cícero em seu lugar, e promoveu a estréia de João Filipe, que chegou no sábado e já foi a campo sem sentir o desentrosamento.

Jogou como se fosse titular há muito tempo.

Cícero desequilibrou com um gol de oportunismo e uma cavadinha muito bonita, alta categoria.

O primeiro tempo foi bastante equilibrado, sem grandes emoções.

Prevaleceram os sistemas defensivos, muito bem postados.

As duas equipes estavam bem compactas, e os volantes se sobressaíram.

A única chance do time da casa aconteceu aos 30, no cabeceio do zagueiro Welton Felipe após cruzamento de Pedro Ken, que passou muito perto.

O São Paulo só chegou com perigo uma vez, num chute de fora da área de Carlinhos Paraíba.

Aos 39 o zagueiro Claúdio Caçapa se machucou e o meia Caíque entrou no lugar dele. Gallo alterou o esquema de 3-5-2 para o tradicional 4-4-2, para investir na criação, tentando melhorar a ofensividade.

No segundo tempo o panorama mudou.

O Avaí parou de jogar de lado e passou a verticalizar mais as jogadas.

Aos 12 Gallo mexeu novamente, trocando o lateral Arlan por outro lateral, Daniel.

O time da casa, com apoio da torcida, veio com tudo pra cima e logo abriu a contagem aos 15 minutos, com o atacante Willian, que nada tinha feito até então.

Aí foi outro jogo, o tricolor despertou e a grande apresentação do meia Cícero garantiu os três pontos aos visitantes.

Adilson pediu para Cícero trocar de posição com Dagoberto e aos 20 o meia anotou o gol de empate de cabeça, subindo muito e testando certeiro.

Aos 21 Batista trocou Jean por Ilsinho, para reforçar a marcação no meio e a criação de jogadas. Recuou Denílson para zaga e deslocou João Filipe para direita.

Aos 25 viria a virada: Dagoberto lançou Cícero que tocou com muita categoria sobre o goleiro avaiano, de cavadinha, um golaço, fazendo 2 a 1.

Depois Adilson tirou Dagoberto e colocou Fernandinho para tentar matar o jogo nos contra-ataques. Não deu certo.

Gallo trocou o volante Batista pelo meia Cleverson, numa derradeira tentativa de empatar o jogo.

O Avaí passou então a pressionar o tricolor, mas esbarrou no bem posicionado sistema defensivo dos visitantes, que anularam todas as jogadas de ataque do time da casa.

Gallo terá muito trabalho para evitar o rebaixamento, seu time é fraco.

A diferença técnica entre São Paulo e Avaí é grande.

Os meias avaianos se mostraram pouco criativos e apesar de ficarem mais tempo com a bola nos pés esbarraram nas boas atuações de Wellington e Carlinhos Paraíba.

Denílson e Rhodolfo também jogaram bem.

Aos 46 o tricolor ainda teve boa oportunidade de ampliar, com o meia Ilsinho obrigando Felipe a fazer difícil defesa.

O destaque do jogo foi o meia Cícero, autor dos dois gols.

Formações:

AVAÍ: Felipe; Welton Felipe, Gustavo Bastos e Cláudio Caçapa (Caíque); Arlan (Daniel), Batista (Cleverson), Diogo Orlando, Pedro Ken e Romano; Rafael Coelho e Willian.
Técnico: Alexandre Gallo.

SÃO PAULO: Rogério Ceni; Jean (Ilsinho), João Filipe, Rhodolfo e Juan; Denílson, Wellington, Carlinhos Paraíba e Cícero; Lucas (Marlos) e Dagoberto (Fernandinho).
Técnico: Adilson Batista.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

SÃO PAULO VENCE BAHIA COM GRANDE ATUAÇÃO DE DAGOBERTO E LUCAS


São Paulo 3x0 Bahia


Em noite inspirada de Lucas e Dagoberto, que movimentaram-se bastante e criaram boas jogadas, com dribles e velocidade, Adilson Batista conseguiu sua primeira vitória no Morumbi.

O São Paulo ainda precisa melhorar muito taticamente, mas a parte técnica fez a diferença.

O tricolor paulista foi muito bem na marcação, em noite de grande atuação de Denílson, Wellington e Carlinhos Paraíba, e até o improvisado Rodrigo Caio deu conta do recado.

Adilson armou o tricolor paulista num 4-4-2 com Carlinhos Paraíba de volante-meia e Rivaldo responsável pela ligação meio-ataque.

O tricolor baiano começou num 4-4-2 mais defensivo, com três volantes de contenção – Fabinho, Fael e Diones - e apenas um meia, Lulinha, que bem marcado por Denílson pouco criou.

No início da partida o Bahia marcava forte no meio, sem dar espaços ao São Paulo, e buscava contra-atacar com o veloz Jóbson, que caía pelos dois flancos.

Renê Simões colocou Fabinho para colar em Rivaldo.

Aos 10 Lucas finalizou com perigo e Marcelo Lomba defendeu.

O paraguaio Piris, além de bom marcador, apoiava bastante, e fazia um-dois com Lucas.

Numa dessas jogadas aos 11 Dagoberto recebeu cruzamento preciso de Piris e chutou para fora, na melhor chance até então.

Com muita movimentação dos alas Piris e Juan e dos atacantes Lucas e Dagoberto o São Paulo começou a envolver o sistema defensivo baiano.

Como Rivaldo estava bem marcado, Carlinhos Paraíba começou a armar o time, atuando mais avançado do que de costume.

Aos 15 Dagoberto chutou forte e a bola passou muito perto.

Lulinha, responsável pela criação, bem marcado não fez nada.

Aos 24 Jóbson, o melhor jogador do Bahia, quase marcou, chutando por cima.

Aos 26 Juan fez bela jogada e foi derrubado na entrada da área.

Rogério cobrou e a bola foi desviada por Fael com o braço, dentro da área.

Pênalti que o próprio Rogério converteu, aos 28, num chute forte no alto, sem chance para Marcelo Lomba.

O meio baiano falhou e Dagoberto marcou um golaço de cavadinha.

O São Paulo foi melhor no primeiro tempo graças a melhor qualidade técnica.

O time baiano começou o segundo tempo a 200 por hora e teve duas boas oportunidades com Reinaldo e depois Jóbson, que deu muito trabalho.

Renê Simões tirou o volante Diones, que pouco fez, e colocou o experiente meia Ricardinho, para tentar diminuir o marcador, já que Lulinha não dava conta de armar o time.

Ele soltou mais os alas Marcos, muito bem no apoio, e Ávine, e trocou a marcação sobre Rivaldo, colocando Fael para marcá-lo.

Mas numa saída de bola errada Lucas fez o terceiro e definiu o jogo.

Marcos e Ávine apoiavam bastante, o Bahia cresceu, mas a dupla de zaga paulista estava muito bem no jogo e anulava todos os ataques baianos.

Aos 10 Piris, que jogou muito bem tanto na marcação quanto no apoio, recebeu o segundo amarelo e foi expulso.

O Bahia mandava no jogo e Adilson resolveu reforçar a marcação. Tirou Rivaldo, que não marca ninguém, para colocar Ilsinho, para atuar como meia direita, passando Wellington para a lateral direita.

A alteração deu resultado e o São Paulo marcou forte pela direita, impedindo as jogadas de Ávine e Jóbson. E Ilsinho criou boas jogadas pela direita do ataque paulista.

Com Ricardinho e Lulinha muito bem marcados o Bahia não conseguiu reagir.

Renê tentou mudar o panorama com a entrada do centroavante de área Junior no lugar do apagadíssimo Reinaldo, aos 22, mas não teve êxito.

Adilson ainda fez mais duas trocas: Fernandinho no lugar de Dagoberto e Cícero no lugar de Carlinhos Paraíba, no finalzinho do jogo.

Renê colocou o lateral direito Gabriel no lugar de Ávine, passando Marcos para esquerda, mas o placar não se alterou.

Placar exagerado pelo que o São Paulo jogou, mas vitória merecida.

A equipe paulista teve na forte marcação no meio e nos contra-golpes rápidos seus pontos fortes para decidir a partida.

Os destaques foram Dagoberto, Lucas e Carlinhos pelo São Paulo e Jóbson e Marcos pelo Bahia.

Formações:

São Paulo - Rogério Ceni; Piris, Rodrigo Caio, Rhodolfo e Juan; Denílson, Wellington, Carlinhos e Rivaldo; Dagoberto e Lucas.

Bahia - Marcelo Lomba, Marcos, Paulo Miranda, Titi e Ávine; Fabinho, Fael, Diones e Lulinha; Jóbson e Reinaldo.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

VASCO VENCE MAIS UMA COM AUTORIDADE


Vasco 2x0 Santos


O Vasco voltou a vencer no brasileirão 2011 em noite de grande inspiração de Diego Souza.

O resultado deixou o time na terceira posição, com 27 pontos.

Ricardo Gomes mandou a campo o time num tradicional 4-4-2 (ou 4-2-2-2), com dois volantes de contenção - Rômulo e Eduardo Costa - e dois meias (Felipe na armação e Diego Souza mais adiantado, como ponta-de-lança).

No ataque Éder Luís, um ponta bem aberto pela direita, e Alecsandro como centroavante.

Muricy escalou o Santos também no 4-4-2, mas com uma diferença para o Vasco, jogando com apenas um volante, Arouca, e três meias, Elano, Ibson e Ganso, sendo q Elano e Ibson tinham que voltar e marcar mais, o que na prática não ocorreu.

No ataque Neymar aberto pela esquerda e Borges pelo meio.

Melhor armado e com mais movimentação o Vasco logo foi para cima e quase marcou no primeiro minuto de jogo.

Diego Souza fez linda jogada, driblando três santistas e chutou, a bola desviou na zaga e sobrou para Éder Luís que perdeu um gol feito. Rafael defendeu.

Aos 2 minutos Diego Souza, que jogou muita bola, marcou um golaço, acertando uma paulada da entrada da área.

Marcando a saída de bola e com grande volume de jogo, o time carioca ampliou aos 20. Rafael saiu mal do gol e o bom zagueiro Dedé, que também jogou muito, fez de cabeça, 2 a 0.

O Vasco ganhou o meio-campo, com grande atuação de Diego, Rômulo e Felipe e só Arouca marcava no meio-campo santista.

Com um buraco no meio, pois Elano e Ibson não marcavam ninguém e também não produziam nada, e com Ganso muito apagado, o campeão da Copa do Brasil deitava e rolava.

Os três meias deixaram a zaga santista muito exposta.

Ganso várias vezes teve que recuar demasiadamente para fazer a saída de bola, pois Elano e Ibson não acordaram, pareciam em sono profundo.

Mas o meia está bem abaixo do que pode jogar.

Diego Souza, em noite inspirada, flutuava nas costas de Arouca e Elano e enfileirava seus marcadores com facilidade, criando boas chances.

O ala Fagner subia com freqüência para fazer um-dois com Éder Luís e a equipe carioca mandou no primeiro tempo inteiro.

O time carioca marcava mais, com grande atuação de Rômulo e da dupla de zaga Dedé e Anderson Martins, realizando muitos desarmes e saindo em velocidade para o ataque, acionado pelos meias Felipe e Diego Souza.

O craque Neymar foi completamente anulado por Fagner e Dedé.

O volante Jumar, improvisado na lateral-esquerda, ajudou a marcar no meio.

Felipe também contribui bastante na marcação.

Apesar do domínio cruzmaltino, Muricy não mexeu no time no intervalo.

Deveria ter reforçado a marcação no meio, sacando Elano ou Ibson, para colocar um volante de contenção.

Mesmo assim suas broncas no intervalo fizeram efeito e o Santos melhorou, teve mais a posse de bola, mas não superou a forte marcação vascaína.

Muricy resolver mexer só aos 31, quando colocou o atacante Alan Kardec no lugar do lateral Pará, buscando deixar o Santos mais ofensivo.

Ricardo Gomes sacou Eduardo Costa e colocou Diego Rosa aos 6 e reforçou a marcação no meio, colocando Leandro no lugar de Éder Luís aos 22 minutos.

Aos 11 quase Alecsandro fez o terceiro.

Aos 26 Borges exigiu em cabeçada grande defesa de Fernando Prass.

Com forte marcação, o Vasco manteve o justo resultado até o final.

Formações:

Vasco: Fernando Prass, Fagner, Dedé, Anderson e Jumar; Rômulo, Eduardo Costa, Felipe e Diego Souza; Éder Luís e Alecsandro.

Santos: Rafael; Pará, Edu Dracena, Durval e Léo; Arouca, Ibson, Elano e Ganso; Neymar e Borges.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

GRÊMIO



ELENCO


Goleiros:
Victor, Marcelo Grohe e Matheus.

Zagueiros:
Rafael Marques, Rodolfo, Saimon, Vilson, Mário Fernandes e Rodrigo Sabiá.

Laterais:
Gabriel, Lúcio e Bruno Collaço.

Volantes:
Gilberto Silva, Fábio Rochenback, Adilson, Willlian Magrão e Fernando.

Meias:
Douglas, Marquinhos, Escudero, Roberson, Mithyuê e Pessalli.

Atacantes:
André Lima, Leandro, Miralles, Junior Viçosa, Lins, Wesley e Diego Clementino.

Time-base:
Victor, Gabriel, Rafael Marques, Rodolfo e Lúcio; Gilberto Silva, Fábio Rochemback, Adilson e Douglas; Miralles e André Lima.

Técnico: Julinho Camargo

Destaque: Douglas



Nome completo: Douglas dos Santos
Clube atual: Grêmio
Posição: Meia
Data de nascimento: 18/02/1982
Nacionalidade: Brasileira
Local de nascimento: Criciúma (SC)
Altura: 1,75m
Peso: 81kg




ANÁLISE TÁTICA


O Grêmio atua num clássico 4-4-2, privilegiando mais a marcação do que a criação no meio-campo, com três volantes de contenção e apenas um meia de criação, Douglas, o canhoto armador da equipe gaúcha.

O grande problema é a pouca técnica dos volantes Gilberto Silva, Fábio Rochenback e principalmente de Adilson, o menos habilidoso dos três. O meia Douglas fica muito sobrecarregado, o time depende muito dele.

No ataque são dois centroavantes de área, Miralles e André Lima e Leandro como opção no banco, jogador rápido, de movimentação, que cai bem pelos flancos.

O fato de Julinho Camargo armar o time gremista com três volantes permite uma maior subida dos laterais/alas Gabriel e Lúcio, que tem no ataque o ponto forte, mas pecam muito na marcação.

O ponto forte do vice-campeão gaúcho é o sistema defensivo. A equipe tricolor marca forte, mas em compensação cria pouco.

Gosta de atuar nos contra-golpes, puxados sempre pelo destaque do time, o meia Douglas.

Vem fazendo campanha pífia no brasileirão 2011, com apenas 13 pontos em 12 jogos, ocupando a 16ª posição.


Julinho Camargo tem em suas mãos um elenco apenas regular, com remotas chances de chegar ao título desse ano.

ANÁLISE TÁTICA


COMO JOGAM OS TIMES

A partir de hoje você vai conhecer como jogam taticamente os 20 clubes da série A do Brasileiro desse ano.

Começamos pelo sul do País e depois vamos subindo o mapa, apresentando como atua o Grêmio hoje e amanhã seu maior rival, o Internacional.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

SELEÇA PRATA DA CASA


No próximo dia 10 de agosto vamos encarar um adversário de muito respeito, a forte Alemanha, tricampeã mundial, e Mano Menezes convocou muitos jogadores que atuam no exterior.

Vou expor minha opinião e gostaria de conhecer a de vocês também sobre esse assunto que está em pauta há muitos anos, desde que o dinheiro começou a falar bem mais alto do que deveria....

Entendo que os “astros” brasileiros que atuam no exterior não deveriam mais ser chamados para representar nossa seleção.

Já estão com a vida ganha, tem prestígio, muita grana e costumeiramente tiram o pé das divididas.

Precisamos de um time que tenha forte identificação com o povão, pois nossa cultura valoriza muito mais a paixão clubística do que pela seleção.

Necessitamos de jogadores briosos, raçudos, que entendam o real significado do que representa vestir a amarelinha.

Atletas que tenham prazer de jogar e que sintam orgulho de representar 190 milhões de brasileiros apaixonados por futebol.

Jogadores que ainda não conquistaram a independência financeira e que almejem um futuro melhor, estejam sedentos em mostrar serviço.

Entendo que se tivéssemos 10% do que tem por exemplo os uruguaios já estaríamos num bom caminho...

Por isso defendo uma seleça composta exclusivamente por atletas que atuem aqui no país. E aproveito para sugerir a minha titular:

Fábio, Mariano, Edu Dracena, Rhodolfo e Kléber; Ralf, Casemiro, Ganso e Lucas (Thiago Neves); Leandro Damião e Neymar.

Qual é a de vocês? Opinem.

E outra: chega dessa palhaçada caça-níqueis de jogar só na Inglaterra, para atender patrocinadores e/ou arrecadar mais.

O interesse nacional deve estar acima do privado, de confederações ou empresas multinacionais.

Quero ver a seleça atuando em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte, Porto Alegre, no nordeste, jogando aqui no Brasil.

Afinal de contas a seleção é (ou deveria ser) um patrimônio nacional, público, e não instrumento nas mãos de inescrupulosos para aumentarem suas fortunas...

sábado, 30 de julho de 2011

Brasil decepciona na estreia

BRASIL 1X1 EGITO



Por incrível que pareça o Egito deu muito trabalho à seleção brasileira ontem na estreia da Copa do Mundo Sub-20 da Colômbia.

E jogou melhor em muitos momentos.

Com o Estádio Metropolitano Roberto Meléndez lotado, em Barranquilla (Colômbia), não passamos de um empate em 1 a 1.

O primeiro tempo foi equilibrado, com os egípcios pouco superiores.

Nosso destaque foi o meia Philippe Coutinho, que movimentou-se bastante e criou algumas chances.

O Brasil começou num 4-2-3-1, com o segundo volante Casemiro encostando nos três meias Oscar (aberto pela direita), Philippe Coutinho (pelo meio) e Alan Patrick (aberto pela esquerda).

O técnico Diaa El Sayed armou bem o Egito com três zagueiros, num 3-5-2, com meias e atacantes movimentando-se bastante.

Começamos atacando muito, apresentando um bom toque de bola, com os meias Oscar e Phillipe partindo pra cima.

Aos 12 Phillipe bateu escanteio com perfeição na cabeça de Danilo que anotou o gol brasileiro. Daí em diante paramos de jogar e só deu Egito.

Nossa mal posicionada zaga falhou muito. Numa dessas falhas Omar Gaber empatou aos 26, após furada feia de Danilo.

Nossos meias deviam adiantar a marcação, o que não aconteceu, e com os papéis invertidos – o Egito era protagonista e teve claras chances de virar – tomamos sufoco até o final do primeiro tempo.

Com bom toque de bola o Egito dominava o meio-campo e envolvia nossa fraca e desprotegida defesa.

Só melhoramos um pouco nos minutos finais do primeiro tempo.

Melhor postado em campo, mais compactado, com as três linhas próximas, o Egito foi taticamente superior ao Brasil. Equipe de grande força física, imprimiu forte marcação, mas abusou das faltas para parar o jogo.

Oscar rende melhor no meio, como joga no Inter, e insistia em jogar pela ponta.

O lateral Gabriel Silva não subiu ao ataque, ficou muito preso.

No intervalo Ney Franco tirou o apagado meia Allan Patrick e colocou o atacante flamenguista Negueba para explorar as jogadas de linha de fundo pela direita, passando do 4-2-3-1 para o 4-2-2-2. Oscar foi para a esquerda, mas pouco fez.

O Egito continuava marcando muito forte e saindo rápido para o ataque.

Ney Franco, buscando ter mais ofensividade, tirou Casemiro, que caiu muito no segundo tempo, para entrada do meia-avançado Dudu, passando para um 4-1-3-2, para vencer a forte marcação adversária.

Mas foi mal sucedido. Possibilitou ao Egito contra-golpear à vontade e por pouco não fomos derrotados.

Numa última tentativa de buscar a vitória, Ney Franco trocou Willian José, que pouco fez e já devia ter sido substituído no intervalo, pelo atacante Henrique, sem obter êxito.

Os dois alas Danilo e Gabriel ficaram muito atrás, e nosso meio-campo estava sem criatividade.

O único que tentou algumas jogadas e teve alguns lampejos foi Phillipe Coutinho, destaque brasileiro.

O destaque egípcio foi Salah, um meia-atacante canhoto muito técnico que deu trabalho à defesa brasileira.

No final, dadas as circunstâncias, o empate não foi mau resultado.

Técnica e taticamente a equipe foi muito ruim.

Ney Franco terá muito trabalho. A seleção carece de entrosamento e tem dois beques absolutamente perdidos no posicionamento.

E as três linhas estão muito distantes.

Formações:

BRASIL: Gabriel; Danilo, Bruno Uvini, Juan e Gabriel Silva; Fernando, Casemiro (Dudu), Alan Patrick (Negueba), Philippe Coutinho e Oscar; Willian José (Henrique).

EGITO: El Shenawi (Awwad); Fatah, Talfik e Hegazi; Ibrahim (Gomaa), Sobhy, El Neny, Fathy e Salah (Nabil); Gaber e Hamdy.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

FUTEBOL-ARTE


Vamos esquecer um pouco a tática e reverenciar a técnica: que golaço do moicano Neymar ontem na Vila, gol de Pelé.

Improviso, habilidade, velocidade, um gol fantástico!

Apesar de “mala”, joga demais, mas precisa encorpar para fazer sucesso na Europa.

Entendo que se não se mascarar demais (o que é difícil!) tem tudo para ser o melhor do mundo dentro de dois ou três anos.

E como jogou Ronaldinho... detonou!

Relembrou os bons tempos de Barcelona, desequilibrou a partida a favor dos cariocas, num dos mais emocionantes jogos dos últimos anos.

No entanto, já há apressadinhos defendendo sua convocação para a seleção.

Calma, gente, para voltar a vestir a amarelinha é preciso regularidade.

E o gol do Dagoberto ontem em Curitiba: fantástico também, assim como o de Lucas por cobertura.

Foi uma quarta mágica para o futebol brasileiro!

Faz acender uma pequena luz no fim do túnel...

Tricolor erra muito e quase cede empate ao Coxa


Apesar da vitória, Adilson Batista foi superado por Marcelo Oliveira no duelo tático.


Coritiba 3x4 São Paulo

Foi um jogaço, de dois tempos muito distintos.

No primeiro o São Paulo foi melhor e na etapa complementar o Coxa dominou, mesmo jogando com um a menos.

O Coritiba iniciou a partida com um 4-2-3-1 contra um 4-3-1-2 do São Paulo.

Marcelo Oliveira colocou o primeiro volante Gil grudado em Rivaldo, Léo Gago marcando pela esquerda e três meias: Rafinha bem aberto pela direita, para impedir os avanços de Juan; Marcos Aurélio mais centralizado e Davi aberto pela esquerda, para impedir as subidas de Jean, com um único atacante, Bil.

Adilson escalou três volantes – Welington fechando o lado direito, Denílson marcando Marcos Aurélio e Carlinhos Paraíba fechando a esquerda e com um pouco mais de liberdade para sair para o jogo.

Rivaldo fez o papel do número 1 e dois atacantes – Lucas e Dagoberto.

O Coxa iniciou a 100 por hora, marcando sobre pressão a saída de bola do tricolor e imprimindo grande velocidade ao jogo.

Logo no início Davi acertou a trave.

O Coritiba levava nítida vantagem no meio-campo, com a intensa movimentação dos três meias e do segundo volante Léo Gago, que jogava livre de marcação.

Quando o campeão paranaense mandava no jogo uma roubada de bola de Welington começou a mudar o panorama da partida.

O volante tocou para Lucas, que viu Carlinhos na entrada da área e esse acertou um belo chute, indefensável, para abrir a contagem, aos 17 minutos.

Falha defensiva do Coxa, pois Carlinhos apareceu no ataque como elemento-surpresa sem ninguém marcá-lo.

Carlinhos, volante que passou a jogar também como meia, fez um primeiro tempo brilhante, saindo mais para o jogo e subindo ao ataque sem ser marcado.

Aos 23 minutos Rodolfo descolou um belo lançamento para Juan.

A defesa paranaense falhou novamente e apenas assistiu ao tricolor colocar com categoria por cima do goleiro.

Apesar da equipe da casa ter mais posse de bola, a maior qualidade técnica do tricolor fazia a diferença.

O São Paulo explorava bem os contra-golpes, com velocidade, contando com a habilidade do experiente Rivaldo para acionar Juan, o elemento-surpresa Carlinhos Paraíba e os dois atacantes, Lucas e Dagoberto.

Até que aos 30 minutos saiu o gol mais bonito do jogo: linda troca de passes entre Dagoberto, Lucas e Welington que tocou para Dagoberto ampliar, 3 a 0.

Aproveitamento espetacular do tricolor, que pouco chegou, mas quando chegou, fez.

Aos 41 minutos Davi fez falta por trás em Juan e recebeu o cartão amarelo, logo seguido pelo vermelho por jogar a bola ao chão, indignado com a marcação do árbitro.

No intervalo Marcelo Oliveira decidiu arriscar e se deu bem: sacou o volante Gil, mal na marcação pela direita (deu muito espaço para Rivaldo, Juan e Carlinhos) e colocou o ala direito Maranhão, deslocando Jonas para o meio, para jogar como volante.

E colocou o atacante Anderson Aquino no lugar do pouco efetivo meia Marcos Aurélio, para encostar e jogar junto com Bil, muito isolado no meio dos zagueiros tricolores no primeiro tempo.

O Coritiba passou do 4-2-3-1 ao 4-2-2-2, com dois meias e dois atacantes e melhorou muito na partida.

Adilson foi infeliz nas mudanças: sacou Juan, que vinha bem, e colocou Cícero, que não jogou nada, passando Carlinhos Paraíba para a lateral. Juan já tinha amarelo.

Embora o Coxa estivesse melhor no jogo, mais uma falha da defesa paranaense propiciou o quarto gol ao São Paulo.

Eltinho, aos 9, errou passe e Lucas, com categoria, encobriu Edson Bastos, marcando um belo gol.

Aos 14 Adilson colocou Marlos no lugar de Rivaldo, que já estava cansado, para investir nos contra-golpes, agora com dois meias, mas a medida não deu certo.

Cícero não ajudava na marcação nem criava e o ala direito Maranhão apoiava bastante, tabelando com Rafinha, que fez um segundo tempo exemplar.

Everton Ribeiro entrou bem no lugar do apagado Eltinho.

Marcando mais forte e saindo rápido para o ataque, com Rafinha inspirado o Coxa diminuiu, com gols de Rafinha aos 22 e Bil aos 29.

Mesmo com um jogador a menos o time paranaense dominava e deixou a partida emocionante aos 41, quando fez o terceiro.

Cabe ao Adilson corrigir o posicionamento do zagueiro Xandão, que falhou em dois gols.

Se a partida tivesse mais cinco minutos provavelmente o tricolor amargaria um empate desastroso, tal o domínio paranaense no segundo tempo.

Os destaques: Carlinhos Paraíba pelo São Paulo e Rafinha pelo Coritiba.

No duelo tático dos treinadores, apesar da vitória, Adilson foi superado por Marcelo Oliveira.

E só ganhou em virtude da melhor técnica do time tricolor.

Formações
Coritiba: Edson Bastos, Jonas, Pereira, Emerson e Eltinho (Éverton Ribeiro); Gil (Maranhão), Léo Gago, Rafinha, Davi e Marcos Aurélio (Anderson Aquino, intervalo); Bill. Técnico: Marcelo Oliveira.
São Paulo: Rogério Ceni, Jean (Luiz Eduardo), Xandão, Rhodolfo e Juan (Cícero); Denilson, Wellington, Carlinhos Paraíba e Rivaldo (Marlos; Lucas e Dagoberto. Técnico: Adilson Batista